sexta-feira, 4 de setembro de 2015

SEMANA DA PÁTRIA - FIGURAS DA INDEPENDÊNCIA > JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADA E SILVA, CLEMENTE PEREIRA, GONÇALVES LEDO; DONA MARIA LEOPOLDINA.


José Bonifácio de Andrade e Silva (1765/1838) – estadista, escritor, poeta ficou conhecido como o ‘Patriarca da Independência’ pelo seu importante papel na história do Brasil no momento da sua Independência. Nasceu em Santos e, após uma brilhante trajetória de estudos e trabalhos na Europa, voltou ao Brasil onde ocupou o cargo de vice-presidência  da junta  em São Paulo que substituiu os capitães –generais que governavam nas províncias. A partir daí inicia sua participação em defesa da Independência.

Em dezembro de 1821 José Bonifácio redige a representação em que a junta governativa de São Paulo pede ao Príncipe D. Pedro que desobedeça às ordens da Corte portuguesa. Após o ‘Fico’ ele ocupou o cargo de Ministro do Reino no novo Ministério indicado pelo príncipe D. Pedro. A 16 de fevereiro de 1822 D. Pedro assinou o decreto convocando um Conselho de Procuradores Gerais das Províncias. Em 21 de fevereiro José Bonifácio baixou uma portaria declarando ao chanceler-mor do Reino: -  que ‘de hoje em diante não deve fazer cumprir as leis que vierem de Portugal, sem que primeiro sejam submetidas ao beneplácito do Príncipe Regente.’

Em agosto de 1822 – José Bonifácio redigiu um manifesto às Nações amigas, expondo o que se passava no Brasil. Aos 14 /08 ele aconselhou D. Pedro a partir para São Paulo onde ocorriam dissensões entre os presidentes da Junta e os irmãos Andrades (José Bonifácio e Martim Francisco – secretário do Interior e da Fazenda).

Clemente Pereira > entrega ao príncipe D. Pedro o manifesto com mais de 8 mil assinaturas pedindo para que ele ficasse no Brasil.

Joaquim Gonçalves Ledo  foi quem redigiu o manifesto* ao povo brasileiro; ele  e Januário da Cunha Barbosa > defenderam na Imprensa a causa do Brasil. Frei Francisco Sampaio e o Cel. Luiz Pereira da Nóbrega tiveram destaque no clube patriótico que maiores serviços prestou ao movimento emancipador do Brasil.

Dona Maria Leopoldina > a Princesa D. Leopoldina esposa de D. Pedro – antes de partir para São Paulo, por decreto do Príncipe, ficou determinado que ela presidisse as Sessões do Conselho de Estado e cuidasse do expediente enquanto ele estivesse ausente.

28-08 /1822 > chegaram ao Rio de Janeiro noticias de Lisboa exigindo a volta de D. Pedro. A Princesa D. Leopoldina enviou um emissário especial – Paulo Emílio Bregaro – ao encontro do Príncipe. No dia 07/09/1822, às 16 horas e 30 minutos, de volta de Santos, às margens do riacho do Ipiranga, ao receber as noticias vindas de Portugal declarando nulas as ações de D. Pedro adotadas no dia 16 de fevereiro, e responsabilizando José Bonifácio pelo decreto e exigindo punições severas ao Ministro de Estado, a reação de D. Pedro foi pronta. – Proclamou a Independência do Brasil  - Independência ou Morte! Teria sido seu brado enquanto arrancava as insígnias portuguesas. Seu gesto permitiu a união de todas as províncias.

A 12 de Outubro – data de seu aniversário - o príncipe D. Pedro foi aclamado Imperador Constitucional do Brasil. E a 1º. De Dezembro foi a sagração e a coroação do imperador sob o título de Imperador D. Pedro I do Brasil.

Causas da Independência > 1- descontentamento pela partida do Rei D. João VI – ele deixou o Príncipe Regente no Brasil – D. Pedro; o Brasil ficou em situação econômica precária; mais de três mil pessoas acompanharam D. João VI de volta para Portugal levando seus capitais. A crise financeira e política se instalaram. 2- antipatias entre brasileiros e portugueses com lutas em várias províncias. 3- propaganda da independência > havia três partidos políticos > a) republicano; b) monárquico; c) o que defendia a volta ao regime colonial. 4-  repressão portuguesa às lutas autonomistas.

Ordens de Portugal > supressão de tribunais do Rio de Janeiro – órgãos de governos locais independentes do Príncipe  - volta imediata de D. Pedro para a Europa.

Dia do Fico > 09/01/1822 – reunião com o Príncipe – memorial entregue por José Clemente Pereira: “Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação diga ao povo que fico.”

*PROCLAMAÇÃO endereçada aos brasileiros pelo Príncipe D. Pedro  (1º de Agosto de 1822) > ‘Não se ouça, pois, entre vós, outro grito que não seja UNIÃO.  Do Amazonas ao Prata, não retumbe outro eco que não seja Independência. Formem todas as Províncias o feixe misterioso que nenhuma força pode quebrar. Desapareçam de uma vez antigas preocupações substituindo o amor do bem geral ao de qualquer Província ou Cidade’.

D. Pedro foi nomeado Defensor Perpétuo do Brasil pelo povo do Rio de Janeiro.