quinta-feira, 9 de julho de 2015

Você gosta de Escrever? - A feira do livro em Paraty > FLIP- O ROMANCE


Escrever é uma arte e às vezes uma necessidade para ‘falar’ o que vai pela cabeça. Os assuntos são os mais variados. Uma folha de papel, uma caneta, uma ideia martelando na cabeça e, tanto pode sair uma obra de arte, como um rascunho a ser jogado no lixo. Um bom vocabulário e regras do uso da escrita ajudam e muito. Se resolver escrever um tema com personagens fictícios, cuidado para que eles não fujam do seu controle...

FLIP > FEIRA LITERÁRIA INTERNACIONAL
Ocorreu em Paraty a 13a feria literária internacional entre os dias 1 e 5 de Julho, com a presença de escritores nacionais e estrangeiros. Os temas  debatidos foram poesia / erotismo / política,  arquitetura, ciências, música, drogas, etc.  Constou com uma homenagem a Mario de Andrade – um dos participantes do movimento da Semana da Arte Moderna no Brasil.

Reservei para hoje um resumo sobre o gênero literário, o  romance > conceito, origens, características, alguns autores.

O ROMANCE

 O Romance é uma obra extensa de ficção em prosa. Todos os autores têm no romance uma forma de expressar sua do mundo que o rodeia acrescentando toda fantasia que lhe aprouver. Usando de personagens imaginários o autor desenvolve suas tramas utilizando todos os recursos que a ficção permite envolvendo-os em situações exageradas que sempre tem um desfecho inesperado.

Os temas envolvem o mundo real e imaginário trabalhando os sentimentos e as realidades criadas para aquela situação que muitas vezes pode ter como fundo uma mensagem de cunho crítico social; porém seu objetivo é a de narrativa recreativa.

Suas raízes estão na literatura do Egito antigo – mais ou menos 1.200 a.C - e nos escritos latinos dos séculos I e II de nossa Era. Outros povos como os árabes e os japoneses também tem um longo período de escritos narrativos no gênero desde o século XI.
O romance moderno se desenvolveu no século XVIII com obras de escritores ingleses como Defoe, Fielding e Richardson. Desde então a forma narrativa do romance se tornou popular na literatura; passou a adotar várias categorias bem definidas como: ficção científica, policial, de costumes, temas urbanos, sociais, etc.

Os romances de Cavalaria com histórias de aventuras contando feitos da cavalaria ou de amor se tornaram comuns na Idade Média na Europa. Esse tipo de literatura costuma envolver acontecimentos mágicos ou místicos, como uma visão do Santo Graal ou o encontro com feras míticas. As obras “A Tempestade” e “Conto de Inverno” de Shakespeare são chamadas de romances por envolverem esses temas. “D. Quixote” de Miguel de Cervantes é um romance de cavalaria, onde satiriza os costumes da época.

O movimento artístico que recebeu o nome de Romantismo (séc. XVIII – XIX) realça o valor da emoção, da imaginação e a libertação das regras que dominaram a literatura até essa época. Ele exprime também uma nova perspectiva da natureza vista como espiritualmente ligada à humanidade.

Escritores dessa época: Wordswordh e Black (inglês); Schiller e Goethe (alemão); Victor Hugo (francês) – com obras como “O Corcunda de Notre Dame” e “Os Miseráveis”; Eça de Queiroz, Camilo Castelo Branco e José de Alencar (português). Muitos outros escritores desenvolveram seus temas através da narrativa fantasiosa do romance. Com destaque para alguns a nível internacional como Dostoiévski (Os Irmãos Karamazov), Goethe com o romance autobiográfico “Wether”, Almeida Garret com “Viagem na Minha Terra; e no Brasil: José de Alencar com inúmeras obras (O Gaúcho, Tronco de Ipê, O Sertanejo, etc.); Aluízio Azevedo (O Cortiço, O Mulato, etc.); Machado de Assis (Quincas Borba, Don Casmurro, Helena, etc.): Raul Pompéia (O Ateneu); Graciliano Ramos (Vidas Secas); Euclides da Cunha (Os Sertões); Érico Veríssimo ( O Tempo e o Vento), etc.

Muitos outros nomes mais recentes poderiam ser citados como Jorge Amado e sua imensa obra.