terça-feira, 16 de junho de 2015

SINCRETISMO RELIGIOSO > TEMA PARA UM PAÍS ONDE O GOVERNO É LAICO, E A MAIORIA DO POVO PROFESSA UMA RELIGIÃO OU CRENÇA QUE DEVEM SER RESPEITADAS.


O respeito parte do conhecimento sem preconceitos do outro, de suas tradições culturais, religiosas sua crença e formas de expressar sua fé através de rituais próprios em sua reverencia às entidades criadoras e mantenedoras do Universo.
Após a manifestação da bancada evangélica e cristã no Congresso (86% dos deputados são defensores dos valores cristãos), leio a noticia de que está em estudo a volta do ensino religioso nas escolas. Apoio a ideia de que as aulas devem ser de informação e não de doutrinação, respeitando todos os alunos, que, por sua vez, deverão receber informações sem discriminação ou julgamentos, respeitando a crença e a orientação religiosa familiar de cada educando. Esta será a forma inteligente de se acabar com os aleijões morais que estão agindo de forma perniciosa junto aos estudantes em todos os níveis escolares.  Conhecer liberta as pessoas.

Sincretismo Religioso > O sincretismo consiste na adoção ou fusão de elementos culturais diferentes, ou até antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis alguns sinais originários. Isso ocorre do encontro de duas culturas diferentes cujas crenças sofrem adaptações, onde em geral vão predominar os traços originais mais fortes.

No Brasil, a Umbanda e o Candomblé introduzidos pelos negros escravos, assimilaram elementos do cristianismo, levando em consideração a similaridade de elementos comuns.  Exemplos: - Xangô > o Orixá ou Ioruba = deus do raio e do trovão, filho de Iemanjá e Oranhã  se identifica com São Jerônimo. Iemanjá > Orixá dos rios e correntes na África – filha de Abatalá ou Oxalá e Odudua, no Brasil passou a ser a Mãe de todos os Orixás. O culto foi sincretizado com as figuras do culto  mariano católico. Ogum, outro Orixá, foi relacionado com São Jorge – preside as lutas e as guerras; é um deus Nagô da guerra cujo símbolo é a espada de metal prateado. Na umbanda, por exemplo, temos o Gangá ou Congá = um altar onde se encontram as imagens dos Santos católicos.
No Cristianismo dos primeiros tempos, também ocorreram  adaptações e assimilações de outras culturas. Algumas persistem. 
Ex. o verdadeiro nome do Cristo:
YEHOSHUA MASHIAH –  (Y e H > DEUS)  + (OSHUA > SALVADOR) – MASHIAH > é palavra hebraica; e Cristo palavra grega > ambas significam ‘O UNGIDO’ –
 ‘O Eterno é a Salvação’ (Jeremias – 23,6)
- ‘Deus Forte, Conselheiro, Príncipe da Paz, Pai da Eternidade’- (Isaías 9-6)
- ‘Deus Conosco’ - (Mateus – 1-23)
- ‘Torre Forte’, ‘Alto Retiro’-  (Salmos 18-10)
- ‘Esconderijo do Altíssimo’ - (Salmo 91-1-14)
Poucos cristãos identificam o nome de Jesus com o original nome YEHOSHUA Ben Pandira do Cristo, pois ele não deriva deste.

Ao ouvir uma transmissão direta do Vaticano onde o então Papa João Paulo II usou o nome YEHOSHUA MASHIAH (em hebraico) em referencia ao Cristo durante uma benção, lembrei do tema e voltei às minhas anotações. Consta que o nome Jesus foi formado a partir do nome de duas divindades gregas e romanas > J (Júpiter) + Esus > deus romano (dos trovões, raios e tempestades); Esus também corresponde a um deus das florestas da Gália antiga.
O nome em questão não foi traduzido. Ocorreu que na expansão do cristianismo, o nome original foi substituído, seja propositalmente ou por erros cometidos por copistas e permanece até os dias atuais.

Nome se translitera não se traduz. O que ocorreu foi uma adaptação, pois não deriva do original YEHOSHUA.

Em Lucas 23:38 diz: “Estava sobre ELE uma inscrição, escrita em Letras Gregas, Latim e Hebraico. YEHOSHUA (latim) > DEUS o SALVADOR.