sexta-feira, 19 de junho de 2015

O PODER DO OTIMISMO E A IMPORTÂNCIA DA FANTASIA NA EDUCAÇÃO


Aumentou a violência e a sociedade vive a beira do caos sem saber como lidar com uma juventude cada vez mais envolvida com o crime. O cenário cultural brasileiro espelha a deformação do verdadeiro conceito de educação que foi substituído pela doutrinação ideológica marxista. Estão roubando dos jovens o tempo para sonhar e idealizar seu futuro, o que só se consegue de forma saudável através de conceitos elaborados no seu imaginário.

Acompanhamos a evolução do comportamento das novas gerações, em especial após a invasão dos lares pela TV a partir da década dos anos 60/70. Antes, as crianças e os jovens tanto no lar, como na escola, na sociedade e nas Igrejas, tinham a oportunidade de uma vivencia num mundo mais ponderado e de acordo com regras estáveis. A figura dos pais, dos avôs, tios e padrinhos de batismo serviam de referencia às crianças e jovens. A desestruturação da família tende a anular essas figuras que os acompanhavam até a vida adulta.

No  cinema, os filmes obedeciam uma grade de acordo com a idade e capacidade de compreensão de cada faixa etária. Hoje, qualquer criança, ao ligar um aparelho de TV é bombardeada com cenas de filmes, seriados, novelas, etc.,  repulsivas, anti éticas, imorais.

As crianças e os jovens não tem mais  tempo para  poder processar informações novas vivendo em famílias desestruturadas, que no passado  eram  ponto de referencia. A egregora familiar se constituía numa fortaleza segura. Isso não quer dizer que um ou outro jovem se distanciasse dos pais em busca de um apoio psicológico onde se sentisse mais valorizado. Avós e tios supriam essas necessidades.

O otimismo era transmitido através de lições de moral, contos religiosos, populares, fábulas, lendas e os contos de fadas – as estórias da carochinha..., falando à mente a linguagem que ela entende e necessita para um desenvolvimento equilibrado.  A literatura moderna além de não oferecer a fantasia de que a criança e o jovem necessitam, atira o pequeno leitor à realidade sem tempo para processar a informação. Há estórias modernas onde a criança é apresentada como mais capaz e mais inteligente que os pais, não na terra da fantasia, mas na realidade quotidiana. A criança aprecia a estória, mas as consequências geram descrenças uma vez que terão que continuar por muito tempo dependentes dos pais. Este tipo de literatura não beneficia a criança a não ser momentaneamente. Por outro lado o conto de fadas enriquece a fantasia e a ajuda a lidar com seus desejos sem cair na desilusão.

Já foi constatado que quando uma criança, por qualquer razão é incapaz de imaginar seu futuro de modo otimista, estabelece-se uma parada no seu desenvolvimento. O ‘autismo’, por exemplo, pode ser uma fuga de uma realidade onde a criança não vê saída e se isola em seu mundo.

A criança espera que seus pais, de forma positiva instilem esperanças. Embora a fantasia seja irreal, os bons sentimentos reais ajudam a sustentar as esperanças por uma mudança para melhor. Nenhum pai pode promover ao filho uma bem-aventurança perfeita e duradoura. Mas ao contar estórias de fadas aos filhos, o pai estará encorajando-o a tomar emprestado, para uso pessoal, um número de esperanças fantásticas quanto ao futuro. É através da fantasia que a criança trabalha seus medos, inseguranças, desejos. Uma literatura realista, ao contrário, cria ilusões que acabam em frustrações. Como na mente infantil as dificuldades parecem maiores, ela necessita do encorajamento de fantasias do herói, com o qual pode se identificar para encontrar seu caminho ao enfrentar situações reais difíceis. O herói, o rei, a rainha são símbolos  que reforçam a certeza de que eles também serão vencedores, que serão felizes, não importando saber o que um rei ou rainha faça.

Para que a ordem certa do mundo seja restabelecida, o malfeitor tem que ser castigado. A degradação física e moral do ‘herói’  nas estórias do faz de conta, faz parte do crescimento e do amadurecimento individual pela experiência adquirida ao enfrentar as dificuldades da vida. É isso que está a dizer a lógica da filosofia, da ética e da moral. Porém, na vida real, pratica-se o abuso do direito de ser uma nota dissonante no cenário; é a  prática de muitos descompromissados com a ordem e o respeito pelo próximo, e que  merece a repulsa  da sociedade.