A Lista de Janot com o nome dos políticos envolvidos no Petrolão foi tornada pública pelo ministro do Supremo Federal Teori Zavascki na sexta feira (dia 06); envolve nomes de políticos com mandato e outros sem mandato; alguns que, por obviedade, deveriam estar relacionados como o do ex-presidente Lula e da atual presidente Dilma, simplesmente não constam. A fala do procurador dizendo que a não citação do nome da presidente alivia tensões deixa dúvidas. O poder executivo não sabia de nada?
Por ordem de envolvidos temos: - o PP comanda a lista com 32 nomes, passando a impressão de que é o partido com mais poder na República – tipo ‘come quieto’; o PMDB ocupa o segundo lugar com 7 parlamentares entre eles o presidente do Senado Renan Calheiros (AL) e o da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (RJ) – ambos na linha de sucessão da Presidência da República após o Vice – isso é preocupante num momento de crise como atual; o PT aparece em 3º. lugar com seis figurões; o PSDB com um nome - o senador (MG) Antonio Anastasia; e o PTB apresenta seu ilustre representante das Alagoas - Fernando Collor de Mello. Como todos fazem parte de delações premiadas (doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobrás Paulo Eduardo Costa), certamente as denuncias devem estar acompanhadas de documentação que comprove a participação no esquema de corrupção envolvendo um projeto de poder.
Essa lista não indica o nome do chefe, mentor, líder, principal beneficiado e interessado... Afinal, toda organização criminosa tem chefe.
Os valores astronômicos que são citados e a informação de que os políticos recebiam pagamentos mensais, nos remetem ao slogan ‘Brasil para Todos’: - todos eles... Certamente ainda aparecerão outros nomes, pois no país do sabiá e do bem-te-vi nada fica oculto, como diz o causo: ‘ - de consciência pesada, um individuo pensou ter sido apanhado no pulo ao ouvir o canto do bem-te-vi e retrucou: se bem me viste, bem podias ter ficado de bico calado...’
O Congresso atingido com esse tsunami de escândalos vai ter que lidar com a realidade de forma equilibrada. A pergunta é se os citados se afastarão dos cargos para permitir uma investigação isenta e também eles possam se defender sem expor a instituição a um vexame maior.
Há uma CPI em andamento no Congresso. A hora é para ter coragem e encerrar este período vergonhoso da política nacional. São mais de 30 anos de desmandos e desmonte do país. Não dá mais para enganar ninguém.
O Brasil espera que a Justiça seja justa e imparcial.
