sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

TEMOS MINISTROS (39) PARA TODOS OS SETORES DE INTERESSE NACIONAL, INCLUSIVE PARA CUIDAR DAS CIDADES E DA NATUREZA. MAS...


Há um Ministro das Cidades ocupadíssimo em manobras político - partidárias. Chama-se Gilberto Kassab e já foi prefeito de São Paulo, cidade que sofre com problemas que afetam toda a população – crise d’água e inundações catastróficas, além naturalmente a mobilidade urbana. Seu substituto Fernando Haddad (o coxinha) está mais preocupado em ‘pintar o pau da bandeira’ (ciclovias e pichações de fachadas) em vez de enfrentar os graves problemas da megalópole paulistana.

A seca que comprometeu o abastecimento de água de São Paulo e de outros grandes centros urbanos do país está a exigir um planejamento urbano sério e urgente, por parte dos responsáveis pela gestão, e de EDUCAÇÃO da população em geral. Não basta dizer que a culpa da seca é do desmatamento da Amazônia como pregam os ambientalistas da vez. As chuvas chegaram demonstrando que a umidade concentrada na região norte tem outros elementos em sua formação como já temos explicado. 

 Soluções existem.  Faltam pessoas certas, comprometidas com os  cargos que ocupam: - no caso, o de Ministro das Cidades e o de Prefeito. Não bastam bons propósitos nem gestos de ‘condescendência’ de lideres políticos determinando quem vai ou não participar das decisões de interesse público porque assim falou o ‘chefe’ do partido no poder!

Um Ministro das Cidades ou um Prefeito de uma cidade precisa conhecer algo mais do que o endereço do seu local de trabalho. A  hora é de fazer critica, sim, porém uma critica construtiva. Quem assumiu um cargo de tal responsabilidade tem que arregaçar as mangas e começar a trabalhar, pois, pressupõe-se que tenha conhecimentos necessários para exercer a função que ocupa. Se não sabe o que fazer, vá estudar.

São Paulo, por exemplo, abrange um espaço físico que foi considerado inadequado para a construção de uma cidade quando  da chegada dos primeiros jesuítas ao planalto de Piratininga. A grande bacia é rodeada por serras, cujas encostas escarpadas são dispersoras de águas que se dirigem para as várzeas e planícies inundáveis formando uma intensa rede hidrográfica da bacia do rio Tietê, com inúmeros tributários: Tamanduateí, Pinheiros, Anhangabaú, Ipiranga, etc. A região foi invadida de forma desordenada por sucessivas administrações que não respeitaram as regras da natureza. 

O mal já está feito; erros podem ser corrigidos.   – Há inúmeros locais sujeitos a alagamentos; chame-se um profissional - o topógrafo - para determinar a área inundável e, retirem-se os moradores/ ‘invasores’, seja esta legal ou ilegal; isso porque ali é o leito natural de escoamento de águas!
NÃO adianta contrariar a natureza. Até os indígenas da região do Anhangabaú, por exemplo, já sabiam que o local era perigoso, daí o nome de Córrego das Almas nos primeiros tempos da colonização. Anhangabaú = rio de malefício, da diabrura, do mau espírito, do feitiço, etc. Segundo Teodoro Sampaio, para os indígenas o rio era ‘um bebedouro de assombrações’. E o Porto Geral da ladeira que leva seu nome? – sumiu no meio de tubulações e construções... ‘As casas cujos fundos abriam-se para o Rio Tamanduateí tinham escadarias onde os moradores atracavam seus barcos e pescavam. No fim da Ladeira Porto Geral antigo Beco das Barbas, existiu de fato um porto - daí o nome da rua -, que resistiu até o início do século XX, quando o prefeito Antonio Prado mudou o curso do rio e o reduziu a um estreito canal’.
Muitos textos antigos dão conta de como era a cidade paulista no século XVIII – XIX com rios navegáveis, com portos servindo aos moradores, cujas águas piscosas permitiam o uso doméstico; as áreas inundáveis eram fechadas à passagem de pedestres e animais no tempo das chuvas para evitar acidentes.

Na década de 70 (século XX) foi elaborado um projeto que aproveitaria o rio Tietê para navegação - como no tempo dos bandeirantes - com a construção de um porto onde hoje é a CEAGESP. Se tivesse sido realizado o projeto, grande parte da região hoje sujeita a inundações teria outra qualidade de ocupação.
Muito poderia ser feito para melhorar as cidades brasileiras, inclusive na Amazônia onde milhares de pessoas ribeirinhas vivem e que poderiam ser beneficiadas com planejamento de casas-barco, por exemplo, mas como tudo depende de vontade política e os senhores políticos continuam mais preocupados com os seus cargos, a situação só vai mudar quando mudar a forma de escolher os tais ‘representantes do POVO’(!) Enquanto eles continuarem a ditar as regras do jogo eleitoral,  a população continuará a sofrer as consequências.

O Brasil não é tão ruim quanto falam, e anos de crise são anos de oportunidade para crescer. O problema não está no gigantismo do país, mas nos maus administradores  que se julgam acima do bem e do mal usando e abusando da paciência dos cidadãos...


A vida é um rio sem fim com muitos obstáculos, e para vencer esses obstáculos é preciso saber navegar... É a mãe Natureza dando lições!
Está valendo a máxima de Piobb em relação aos políticos: - ‘Quem  têm barbas que volte a usar calças curtas’... – em outras palavras – voltem à escola, estudar e aprender antes de querer dirigir a vida dos outros.