quinta-feira, 2 de outubro de 2014

USO DO ÁLCOOL COMO MEDICAMENTO E COMO INGREDIENTE EM BEBIDAS – OS BENEFÍCIOS E OS PERIGOS.


- Tchim... Tchim... - Saúde! - Um brinde! - Vamos comemorar! - Todo dia é tempo de festa ou se inventa uma desculpa  para ‘bebemorar’.
Os apelos sobre as propriedades curativas e preventivas de algumas bebidas nem sempre correspondem à verdade, pois cada organismo pode reagir de maneiras diferentes ao consumo de álcool. E, quando se  ultrapassa o limite, provoca graves consequências para a saúde e para a segurança com reflexos na família e na sociedade.
É bom lembrar que o alcoolismo é a porta para outros vícios que criam dependência química. Daí, que deveria haver um esclarecimento maior junto aos jovens que se deixam levar pelo momento de encontro com os amigos. Não basta a recomendação: -  ‘se beber não dirija’; ou ‘se dirigir não beba’.
Nosso Lembrete aos jovens: “- Nada é proibido, mas nem tudo convém. Aprenda a dirigir sua vida”.
No meio da dispersividade provocada pelos meios de comunicação, os efeitos das bebidas alcoólicas em jovens, aparecem como se fosse natural o seu consumo, limitando-se a tímidas  recomendações deixando de lado um maior esclarecimento aos usuários sobre os seus efeitos nocivos.
O objetivo deste texto é apresentar um conjunto coerente de informações para conscientizar as pessoas sobre o assunto.
 O uso do álcool é conhecido desde tempos pré-histórico como um medicamento (uso anestésico, tônico, desinfetante e parte da fórmula de muitos medicamentos), e como ingrediente na produção de bebidas. O Vinho e a cerveja, por exemplo, são bebidas citadas desde os tempos bíblicos. Faziam parte dos hábitos alimentares e de rituais religiosos. Atualmente, as bebidas com elevado teor de álcool, se tornaram modismos com marcas que caracterizam nações produtoras: caninha (caipirinha) brasileira; uísque escocês, sakê japonês, cerveja alemã, tequila mexicana, rum cubano, vodka russa, champagne francês e muitos vinhos como o do Porto, Chiante, os vinhos espumantes.    
O álcool etílico, principal ingrediente ativo nas bebidas alcoólicas é produzido pela fermentação do amido ou do açúcar contido, por exemplo, nas batatas, cereais, mel, frutas, alimentos doces. O teor de álcool em uma bebida é indicado em graus. Uma bebida a 45° tem 45% de álcool. Os vinhos oscilam entre 6 e 18% em seu valor alcoólico; as cervejas de 3 a 8%. Os drinques mistos oscilam entre 8 e 38 % (Martini).
Perigos & Benefícios do Álcool para o Organismo:
Os perigos do álcool - estão no fato de que ao contrário do que ocorre com outros alimentos, ele não é digerido. 95% do álcool ingerido são absorvidos pela corrente sanguínea, no estômago e no intestino delgado, até uma hora após a ingestão. Os outros 5% são eliminados pelos rins, pelo pulmão e pela pele.
O fígado sofre de 3 a 5 horas para metabolizar completamente 30 ml de álcool. Uma vez na corrente sanguínea, o álcool chega ao cérebro rapidamente agindo como estimulante e produzindo euforia. A seguir produz torpor que pode levar ao sono ou, se ingerido em quantidade levar à perda da consciência – coma alcoólico.
As bebidas destiladas agem mais rapidamente que o vinho ou a cerveja.
Alguns benefícios: - O vinho tinto – muito citado na dieta do mediterrâneo - usado em pequena quantidade, diminui o risco de ataque cardíaco, provavelmente por reduzir os efeitos do colesterol no sangue evitando a formação de coágulos. Ele contém bioflavonoides que são antioxidantes e que protegem as células dos danos que ocorrem no corpo pela queima do oxigênio. Também melhoram o LDL. Pequenas doses diárias aumentam os níveis de colesterol protetor HDL. Porém, tem-se observado que, mesmo pequenas doses, podem causar efeitos negativos, como: aumento da hipertensão, derrame cerebral e alguns tipos de câncer.
A sugestão é substituir a bebida pelo suco ou pela fruta (uva).
Efeitos nutricionais favoráveis: são o estímulo ao apetite e a digestão (usados com moderação). O uso prolongado em geral leva à obesidade por estimular o uso de alimentação mais gordurosa.
Efeitos negativos do consumo do álcool: ressaca, dor de cabeça, sede, diarréia, náuseas, irritabilidade, desarranjo gastrointestinais.
Os efeitos mais graves são:
- Afeta o cérebro e o sistema nervoso. Reduz o fluxo do sangue para o cérebro e intoxica as células cerebrais; perda de memória, danos neurológicos, e até demência.
- Fígado: sofre adiposidade, hepatite alcoólica, cirroses, deficiências nutricionais, anemias, etc.
- Coração - provoca arritmias cardíacas. O uso prolongado de bebidas alcoólicas aumenta o risco de hipertensão, cardiopatia, enfraquecimento do músculo do miocárdio.
-  Sistema digestivo - aumenta a produção de ácido clorídrico agravando as úlceras. Relaxa o esfíncter entre o estômago e o esôfago provocando azia pelo refluxo de ácido.
- O consumo crônico de bebidas alcoólicas interfere na vida pessoal e familiar; leva à violência e até ao suicídio. O "delirium tremens" é uma forma avançada do alcoolismo. A abstinência pode levar à morte. Na gravidez, a bebida pode influir na má formação do feto.
- Na Nutrição - leva à desnutrição provocando a deficiência da tiamina, provocando cãibras, perda de apetite; falta de folato, riboflavina, vitamina B6 e selênio. A falta da vitamina A leva à cegueira noturna; a falta da vitamina D leva à osteoporose e risco de fraturas. Afeta o equilíbrio da insulina no sangue; etc.

Lembrem-se de que ‘Nada é proibido, mas nem tudo convém’.