quinta-feira, 24 de julho de 2014

OS BLACK BLOC E O COMPORTAMENTO QUE ENVOLVE ATOS DE DESRESPEITO À VIDA E À ORDEM CONTINUAM AFRONTANDO A SOCIEDADE DEMOCRÁTICA


Não precisam me lembrar que os tempos são outros, que a alta tecnologia mudou a vida e o modo de ver o mundo. Eu sei disso. O que as pessoas têm que levar em conta é que o ser humano continua exatamente como era há milênios, sujeito às mesmas mazelas físicas, psicológicas, sentimentais, de relacionamentos, presos a conceitos e preconceitos; além do mais,  conhecimentos não se transferem -  eles exigem muito estudo, dedicação , vontade e disciplina.
As pessoas são muito simplistas ao falar em raça & racismo, por exemplo. O conceito de raça está superado e continua a ser fomentado pelos apegados a conceitos que só servem para alimentar ódios e discórdias.  As diferenças individuais nada têm a ver com as características físicas do que foi convencionado para caracterizar os grupos humanos. Em primeiro lugar todos nós pertencemos à raça humana. E ela apresenta variações étnicas de acordo com as adaptações físicas sofridas no decorrer de milênios de existência como espécie diferenciada dos outros tipos de vida no planeta. A ciência já sabe que há pequenas diferenças entre os negros e os brancos, mas as semelhanças são muito maiores. Não há grupo étnico superior ou inferior. Há diferentes estágios de desenvolvimento humano de acordo com as oportunidades vivenciadas por cada um. Basta observar a facilidade com que pessoas provenientes de grupos considerados  culturalmente mais ‘atrasados’  se adaptam rapidamente as tecnologias do mundo civilizado.
Há uma resistência e até um constrangimento para se falar sobre algo que torna as pessoas  diferentes entre si, que seria aquilo que as religiões chamam de ‘espírito’, ‘alma’ e que determina o grau de adiantamento real da pessoa em relação às outras. Entre essas correntes de pensamento religioso e filosófico temos o espiritismo, a Teosofia, o Cristianismo, as informações históricas segundo os sumérios, por exemplo, além das bíblicas, as lendas e os mitos dos diferentes povos que  apontam para uma origem de ordem espiritual superior  do ser humano – a religião é a re ligação com esse mundo (!)
Na contrapartida temos uma mistura de materialistas / ateus / evolucionistas que trabalham com a informação na dispersão de variados grupos pelo planeta. Defendendo uma sociedade laica, eles vão nivelando a espécie humana em ‘antropoides erguidos’ (somos todos macacos?)  em contraposição ao ‘anjos caídos’.
Aí aparece o estado laico materialista / ateu açambarcando os espaços em nome do respeito às crenças de cada um. É a falta de crença a ditar ordens na sociedade. Não é de se estranhar o apagão moral dominante nos altos escalões do governo. A nova religião é a da corrupção, do desrespeito às Leis, à moral e aos bons costumes, pois a consciência está embotada e acomodada ao aqui e agora.
Os Black bloc fazem parte dessa geração de descompromissados com as Leis e a Ordem Democrática. O pior de tudo é que  tem o apoio de pessoas que, por seu nível de conhecimentos, já deveriam ter apurado o senso de responsabilidade  em relação ao outro, seu semelhante, que é  tratado como um ‘inimigo’ a ser derrotado.  É evidente que por trás desses movimentos ora classificados como ‘ativistas’, ‘sociais’, reivindicatórios, ou seja, lá como queiram chamar, há toda uma estrutura visando desestabilizar a sociedade democrática.  Eles desprezam os valores consagrados pela grande maioria dos cidadãos que entendem que o respeito à Lei e à Ordem democrática deve prevalecer, pois é elemento básico que garante as liberdades de todos – tanto de ordem pública como privada.
As prisões dos Black bloc  que se articulavam para cometer atos de vandalismo no final da Copa, foi uma medida de interesse coletivo; imaginem se a policia tivesse falhado e os atos de vandalismo tivessem sido cometidos conforme as evidencias apuradas e que levaram à prisão de seus participantes. O habeas corpus concedido ao grupo não pode anular todo um trabalho de inteligência. Isso representaria desacreditar a Justiça e as leis.  

Colocar os pingos nos ‘is’ é preciso. Ninguém é apenas um peão no tabuleiro da vida. Todos são atores e responsáveis por seus atos.