quinta-feira, 5 de junho de 2014

BRASIL – PAÍS DO FUTEBOL RUMO AO HEXA. ESPORTE NOTA DEZ.


A cada quatro anos, uma Copa mundial de futebol agita a nação que se veste de verde e amarelo. Estamos às vésperas do inicio do grande evento independente da opinião dos que entende que o país deveria estar aplicando em educação, saúde e saneamento, os recursos gastos com os estádios, pois Padrão FIFA é o que país merece em todos os setores. Concordo. Mas não devemos misturar os assuntos. A Seleção e seus craques são nossos representantes nesse esporte e fizeram um trabalho exaustivo de preparação para chegar ao topo da carreira esportiva. Fizeram por merecer o lugar que ocupam. Entre cada dez dos melhores jogadores do mundo, pelo menos cinco são brasileiros.

Hoje o Brasil ocupa o 3º. Lugar no Ranking da FIFA, atrás somente da Espanha, atual campeã do mundo e da Alemanha, forte concorrente que está sendo apontada como  a possível vencedora deste torneio.
O Brasil tem grandes craques graças ao gosto pelo futebol, ao tamanho de nossa população e ao fato de que todos têm acesso à bola e o campo de pelada. Em contrapartida, o Brasil não tem, até hoje, nenhum prêmio Nobel de Literatura ou de Física, porque poucos têm acesso a um ensino de qualidade desde a infância, com professores bem remunerados, preparados e dedicados, dispondo de condições físicas e materiais de qualidade para exercer suas funções com dignidade. 
Eles (os professores) estão mobilizados com motivos de sobra para reivindicar por melhores condições de trabalho.
Como ninguém vira craque por sorte, e sim por talento e persistência, o mesmo ocorre em relação ao conhecimento. No Brasil, o desenvolvimento intelectual depende da sorte de ter nascido em uma família mais próspera, numa cidade com boas escolas onde haja uma administração publica honesta que destine os recursos da educação para a EDUCAÇÃO. O talento e a persistência vêm depois, pois antes, precisam da oportunidade de uma escola de qualidade. 
O desenvolvimento intelectual depende de um suporte que é responsabilidade do Estado. No entanto, o Estado tem adotado políticas públicas educacionais equivocadas priorizando a doutrinação ideológica como se todos fossem meros robôs produzidos em série, ignorando as diferenças individuais e capacidades intelectuais. Como nossos craques, que tem sua posição no campo do estádio –  zagueiros, ou centroavantes,  defesa ou ataque, cobradores de falta, goleadores, goleiros...  – os cidadãos também têm direito ao seu espaço no campo profissional, com bom treinamento e com alta qualificação.

Craques brasileiros! Na bola, nota mil. Na educação, tudo por fazer.

Brasileiro não tem complexo vira-lata. O problema é que as políticas educacionais adotadas insistem em aplicar regras que inibem o pleno desenvolvimento individual criando o gosto pelo estudo para formar  times de alto padrão em todos os setores, promovendo a auto-estima.

Como será a final do encontro esportivo? Pode dar Brasil x Espanha, Brasil x Alemanha, Brasil x Argentina, Brasil x Portugal... 
Não importa qual o resultado final, pois o Brasil vai entrar em campo com um time de craques que, independente do resultado final, já é um campeão no quesito futebol.

Fica faltando melhorar, e muito, o time que comanda as políticas públicas deste país. As substituições são inevitáveis se queremos  resultados padrão FIFA para o Brasil!