sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

ANOMALIA DO ATLÂNTICO SUL – MUDANÇAS CLIMÁTICAS SEM AVISO PRÉVIO


AS PREVISÕES PARA 2012  NÃO SE CONFIRMARAM – Em 26 de outubro de 2008 publiquei  um comentário sobre o livro ‘O CÓDIGO DE ÓRION’ de Patriky Geryl (O Fim do Mundo será mesmo em 2012?) negando que ocorreria o fim do mundo em 2012.  Como era de se esperar não se confirmaram as previsões por ele expostas.
No entanto não é possível ignorar evidências materiais, concretas espalhadas por todos os continentes dando testemunho de que num passado remoto ou pelo menos distante de nossa época, civilizações altamente desenvolvidas viveram na face da Terra, e desapareceram. Estão aí a desafiar a moderna ciência e são objeto de estudo e muita curiosidade e especulações.
Mudanças climáticas no passado ocorreram de forma brusca. Os cientistas acreditam que elas foram provocadas pela conjunção de vários fatores naturais sobre os quais o homem não tem controle. Elas produziram devastações de proporções planetárias no hemisfério norte  (Europa, América, Ásia) com muita destruição, doenças, mortes e migrações de populações sobreviventes para áreas mais quentes. No hemisfério Sul ocorreu um aquecimento maior e consequente desertificação de várias regiões.
Essas anomalias climáticas apanharam a todos de surpresa o que levou a mudanças drásticas na vida de povos inteiros com a necessidade de reorganização de espaços, produção, meios de sobrevivência e de formas de governos.
No momento atual o Brasil curte temperaturas de 40º. C com secas acentuadas e a necessidade de controle no uso da água nas grandes cidades enquanto o hemisfério norte congela e se afoga em tempestades continuadas. O que está a acontecer?
O tema ‘Mudanças Climáticas’ do ultimo programa “Matéria de Capa’ da TV Cultura (09-02-2014) não falou especificamente da Anomalia do Atlântico Sul e sua possível influencia nas mudanças climáticas que ora se verificam a nível global.
Fui consultar minhas anotações: Estudos do Laboratório de Pesquisas em Geomagnetismo do IAE (no Paraná – Sul do Brasil) indicam que ocorre uma anomalia magnética produzida por um "mergulho" no campo magnético terrestre na região do Atlântico Sul, pois o centro do campo magnético terrestre está deslocado em relação ao centro geográfico por 450 km. É a “Anomalia Magnética do Atlântico Sul” (AMAS) que é uma região onde a parte mais interna do “Cinturão de Van Allen” tem maior aproximação da superfície terrestre. 
Portanto em uma determinada altitude, a intensidade de radiação é maior nesta região do que em qualquer outra o que influencia a vida, o clima, as comunicações, etc. na superfície terrestre e em particular na região onde a aproximação é maior. 

Vejamos como se apresenta essa anomalia magnética.
“Cinturão de Van Allen”: -  são dois cinturões de radiação; um interno e um externo: 1- O Cinturão  interno se estende entre as altitudes de mil e cinco mil quilômetros, com intensidade máxima a 3.200 km. É formado de prótons altamente energéticos, que se originam de nêutrons produzidos quando os raios cósmicos vindos do espaço exterior colidem com átomos e moléculas da atmosfera terrestre. Uma parte dos nêutrons é lançada para fora da atmosfera, desintegrando-se em prótons e elétrons ao atravessar esta região do cinturão. Essas partículas se movem em trajetórias espirais ao longo de linhas de força do campo magnético terrestre.
2- O segundo cinturão fica situado entre 15.000 e 25.000 km. Ele contém partículas eletricamente carregadas de origem tanto atmosférica quanto solar, destacando-se os íons de hélio trazidos pelo vento solar. As partículas mais energéticas são de elétrons cuja intensidade atinge várias centenas de milhares de elétrons-volt; os prótons são menos energéticos do que os do primeiro cinturão, mas com um fluxo mais intenso.

Esta região de maior influência de radiações sofre um deslocamento na direção oeste, com uma velocidade de deslocamento de 0,3° ao ano. A taxa de deslocamento é muito próxima da rotação diferencial entre o núcleo da Terra e sua superfície, estimada entre 0,3° e 0,5° ao ano. Sua influência afeta a Ionosfera desde a Cordilheira dos Andes até a África do Sul no sentido oeste-leste, e toda a América do Sul, de Norte ao Sul.

Influencias climáticas: - Esta anomalia pode diminuir o escudo protetor da Terra contra os prótons do sistema intergaláctico e solar e apresentar um ciclo de 1.200 anos semelhante a outros ciclos já observados no passado: Ex. O Período Minóico – clima quente – (cerca de 1.400 a.C), o Período Romano – clima quente- (cerca de 25 a.C) e o período Medieval de clima favorável ocorrido aproximadamente a 1.000 d.C –  representam ciclos com periodicidade de cerca de 1.200 anos. Na sequencia das observações foi possível registrar essa mesma periodicidade de ciclos de 1.200 anos nos climas quentes europeus.

Conclusões – um novo período de glaciação pode estar em vias de acontecer de forma mais ou menos rápida, sem aviso prévio, tal qual ocorreu no passado de forma sistemática.  Basta a conjunção vários fenômenos como, por exemplo, erupções vulcânicas em série com emissão de cinzas e gases que reflitam a luz solar por largo período impedindo que algumas regiões recebam calor suficiente provocando diferenças de pressão atmosférica e a movimentação das massas de ar.

Mudanças climáticas bruscas já ocorreram no passado redesenhando a ocupação dos espaços. A última mini glaciação ocorrida no Hemisfério norte foi em fins do século XIX. Com certeza a próxima não será o fim do mundo!