quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

OS TRÊS DEGRAUS NA VIDA ESPIRITUAL SEGUNDO GNANA YOGA

Numa releitura sobre Filosofia Yogue do Yogue Ramacharaca – Curso Adiantado – aproveitei para fazer anotações sobre o tema – os ‘três degraus na vida espiritual’ abordados no capitulo  ‘Gnana Yogue’, que partilho com os leitores:

Primeiro degrau: - Mente Intuitiva – O intelecto ainda não está suficientemente desenvolvido para o individuo se reconhecer;  a mente espiritual é quase desconhecida. Neste degrau vivem as crianças e as raças ditas primitivas. Essas pessoas, em geral só se interessam por aquilo que pertence à vida física: abrigo, alimentação e a satisfação dos desejos dos sentidos.

Segundo degrau: - Mente Intelectiva – Quando o homem começa a distinguir entre o ‘bem’ e o ‘mal’; a partir daí começa a inventar coisas boas e coisas más. As religiões, através dos profetas, sacerdotes, pastores, etc., explicam e relacionam o que são as coisas boas, como por exemplo, contribuir com o templo e participar das cerimônias e atos religiosos. Em geral esse comportamento é considerado como coisa agradável à divindade; o contrário representa comportamento mau e, portanto desagradável à divindade sendo passível de punição. Em geral a lista das coisas más parece ser muito maior, pois prevalece a ideia de uma divindade que se irrita e pune os que não obedecem aos princípios estabelecidos. Em geral, as pessoas deste nível espiritual costumam ser muito austeras. Toda fraternidade humana se limita aos adeptos da mesma seita. Os que não são ‘irmãos’ são considerados ‘pagãos, hereges, etc.
A característica fundamental é a da separatividade. A inteligência e o raciocínio estão voltados para um sem número de idéias consideradas sagradas. Aos poucos, no entanto, parte dessas crenças é descartada e substituída por dúvidas e rejeições.

Terceiro degrau: - Mente Espiritual – Quando a pessoa atinge um grau de desprendimento em relação às imposições dos cultos religiosos, ele percebe que todas as formas de expressar a religiosidade têm um fundo de verdade, e, que, as diferentes igrejas são apenas estágios ou degraus de desenvolvimento espiritual dos seus devotos/fiéis. Cada um tem sua concepção de Deus, e como se diz – ‘ O Deus de cada homem é ele mesmo nas suas melhores qualidades e o seu diabo é ele mesmo nas suas piores qualidades’; mas os diabos fogem da concepção mental do homem à medida que a sua concepção de divindade se alarga.
O que caracteriza este degrau é a ‘Consciência da Unidade em Tudo’ onde o individuo se sente integrado a essa grande vida que é a Sua Vida também. A ideia de separatividade desaparece. Ele substitui o Crer pelo Saber. São poucos os que atingem este grau de compreensão onde o bem predomina.

É a partir dessa consciência de unidade do bem que se espera atingir a grande transformação da humanidade. Para tal é preciso despertar a capacidade de mostrar-se firme, capaz de ouvir, capaz de ver, de falar... Só assim será possível atingir o pleno conhecimento de si mesmo.