Na luta pela sobrevivência vence o mais forte, o mais
inteligente, aquele que tem maior capacidade de adaptação e, no caso dos
políticos, os mais espertos.
Meio ambiente é todo e qualquer lugar no globo
terrestre – desde as escuras profundidades dos mares, cavernas, grutas, aos
lençóis aquiferos e bacias hidrográficas, às matas, desertos, savanas,
montanhas com picos nevados, pântanos, salinas, continentes, regiões polares, etc.,
habitados pelo homem ou só dominados pelos elementos naturais, pela fauna e
flora. Sem esquecer de todo o invólucro atmosférico que nos rodeia.
O homem ocupa apenas de 3% a 7% desse espaço segundo pesquisas. Há uma
relação de integração entre tudo – nada é estático – e a transformação é
permanente. Embora nossos sentidos percebam ‘n’ eventos, sempre haverá outros ‘n+1’
ocorrendo. O ser humano é apenas mais um no contexto geral.
Sustentabilidade e ambientalismo são palavras que dão
visibilidade e tem poder quase mágico no dias atuais. Muitos políticos tem
ganho visibilidade graças à bandeira ambientalista e da ‘sustentabilidade’,
mesmo sem saber bem do que se trata.
A prisão de ativistas do Greenpeace ao realizar uma
manifestação no Ártico movimentou a imprensa; entre os prisioneiros, a presença
de uma ativista brasileira que fazia parte do grupo. Segundo as leis russas eles cometeram um crime. Segundo os ativistas, eles apenas estão defendendo o meio
ambiente. O Greenpeace tem verbas suficientes para cobrir os custos de tal ação
e arcar com as multas e fianças que venham a ser impostas.
Greenpeace, WWF e Worldwath Institute, entre outros
nomes, são organizações com um foco de viés de caráter mais político e que se
dedicam a divulgar pesquisas sobre o meio ambiente; elas tem interesses nas
consequencias politicas e nas decisões resultantes dessas pesquisas. Em geral
visam promover decisões que sejam vantajosas para seus membros, seus financiadores
e simpatizantes, quanto à defesa do meio ambiente: florestas, diversidade de
espécies, restauração do meio natural e rígido controle de substancias
químicas.
Uma das táticas para atingir seus objetivos é
pressionar governos os políticos que acabam defendendo seus interesses. As verdadeiras
intenções de suas políticas ambientais ficam ocultas.
A foto recente de
um lindo bloco de gelo de azul magnifico (água leve – sem deutério) desprendido
da região Ártica ativou uma lembrança. Foi uma curiosidade de revista voltada
para o turismo aos países nórdicos. Era sobre uma casa especializada em venda
de água engarrafada. A casa oferecia desde águas das fontes locais, a águas
importadas das mais variadas regiões do mundo cujos preços oscilavam conforme a
procedência. A mais cara era a água das geleiras árticas (!) Isso mesmo. Gelo
coletado nas geleiras do ártico, derretido e engarrafado para consumo humano. Um
assunto leva a outro, e, lá na década de 1970, numa outra revista geográfica,
havia uma reportagem mostrando como os países de clima árido da península
arábica coletavam e comboiavam para seus portos no mar Vermelho, os imensos
blocos de gelo desprendido das geleiras da Antártida. Gelo, água doce para consumo humano.
O que todas as noticias mostram ao cidadão comum é a
ponta do ‘iceberg’ das geleiras da desinformação. Não só em relação ao meio
ambiente como também em politica, economia e tudo o mais. O grau de comoção
depende da forma como tudo é apresentado.