terça-feira, 19 de novembro de 2013

LIÇÕES QUE CUSTAM CARO – BRASIL: - UMA AULA DE REFORÇO EM ÉTICA, MORAL E CÍVISMO.

Os dias se sucedem e sempre renovamos a esperança de que nosso país possa se orgulhar de seus cidadãos e estes de sua Pátria, de suas instituições e de seus valores éticos, morais e de um civismo acima de interesses particulares ou corporativistas.
Ainda não dá para fazer uma avaliação completa sobre os custos de 28 anos de abertura política e volta ao regime democrático.
Sábado assistimos a uma lição de que numa democracia todos são iguais perante a Lei. Dilma silenciou. Lula se recusou a falar. A prudência falou mais alto. Segundo J. Arias (El País) Lula, pressionado por jornalistas, apenas disse: “Quem sou eu para julgar uma decisão do Supremo?” Mas continua disposto e dar sua opinião sobre o que foi o mensalão, no futuro. Com o mensaleiro Pizzolato fora do país, tudo pode acontecer...
A abertura política e a anistia foram gerais. Ela deu voz a quem queria falar. Deu poder a quem queria poder. Deu liberdade a quem queria voar. Depois, naturalmente chegou a hora de avaliar os resultados dos procedimentos de cada um. Como há pessoas que não aprendem nunca, o final para elas não poderia ser muito feliz. Esse é apenas um capítulo da história que está sendo contada.
Quanto custou esta lição? Para o país, naturalmente trouxe muitos prejuízos pela estagnação e sucateamento de toda uma infra-estrutura que estava em andamento e não teve continuidade nem manutenção. Para a população o prejuízo foi geral: educação, violência, saúde, etc.
Na Educação - não bastasse todo o desmonte realizado nestes anos, o pior mesmo foi o viés ideológico utilizado além da pirotecnia do aluno na universidade sem ter base para tal. Em fevereiro haverá em Brasília uma Conferencia Nacional de Educação – vêm mais reformas aí!
Saúde - Faltam médicos? - Faltam médicos, professores, engenheiros, etc., trabalhadores qualificados e também aquele com um mínimo de conhecimentos básicos para trabalhar num canteiro de obras qualquer.
Chega a ser cômico dizer que atendentes da área de saúde tenham que servir de intérpretes/tradutores para médicos estrangeiros...
População carcerária – A prisão de políticos expôs ainda mais o sistema carcerário do país. O Brasil com 548.000 detentos ocupa o quarto lugar atrás dos EEUU (2.239.751), China (1.640.000) e Rússia (681.600) presos, Enquanto a Suécia vai fechar quatro presídios por falta de detentos.
O Brasil enfrenta não só superlotação carcerária, como tem uma estrutura com tal precariedade que foi preciso reformar o presídio da Papuda (DF) - para dar um mínimo de conforto aos ilustres detentos – mesmo que seja com água fria no chuveiro! - se bem que o clima no planalto central permite banho tépido, de graça, entre 11 e 16 horas.
Também não há colônias agrícolas em número suficiente para receber  reeducandos do regime semi aberto. Até para recuperar cidadãos condenados pela justiça falta vontade política! Não basta investir em jatinhos para transporte de prisioneiros. A República não começou ontem. Esse descaso deve ser cultural...
A corrupção e os Valores Culturais – Os valores culturais têm impacto sobre o que as pessoas pensam de si próprias, do seu entorno do seu lugar na sociedade, no trabalho, família, grupo religioso, político, etc.
Nas culturas individualistas as pessoas se preocupam com seu trabalho, o ganho, as promoções, etc. – O sistema capitalista representa esse tipo de cultura. Nas culturas coletivistas como no Japão, dão mais importância ao convívio na empresa, à fidelidade, estabilidade, a relação chefe x empregado para garantir segurança e comprometimento. Já nos países muito hierarquizados – árabes, russos, Índia, China – os indivíduos se acomodam à situação que se lhes oferece, aceitando instruções de supervisores – na base do ‘sim senhor’.
Conclusões - Somos uma cultura individualista? Ou seremos coletivistas? Talvez sejamos mais acomodados do que individualistas ou coletivistas.
É sobre essa indefinição de uma cultura multifacetada que tem reinado a ação da corrupção no país. A figura do chefe, do líder, do pai, do mandachuva, do coronel, do político de um lado, e, do outro lado, o povão a espera que o governo faça tudo. Com isso aqueles que ganharam voz e vez transformaram a máquina do Estado num mostrengo, que, para sustentá-lo, passaram a usar de sua autoridade para cobrar impostos de quem trabalha e produz, e embolsar gordas quantias.
Baseados num falso conceito de direitos, os cidadãos, ora punidos, não aprenderam a lição e insistem em se fazer de vítimas acusando a justiça  de arbitraria.

Hoje é o dia da Bandeira. Não basta empunhar a Bandeira verde amarela em dia de festa. Ela deve estar hasteada 24 horas por dia na alma de cada um. Falta civismo. Falta o verdadeiro sentimento de patriotismo.