quarta-feira, 6 de novembro de 2013

HÁBITOS ALIMENTARES: COMER - O VERBO MAIS CONJUGADO EM TODOS OS TEMPOS

Os diferentes povos, através da história da humanidade, desenvolveram hábitos alimentares de acordo com o habitat em que viviam. A humanidade já passou por muitas adaptações a diversos cardápios, de acordo com a disponibilidade de alimentos. Comer faz parte da vida. É a alimentação que garante a sua continuidade.  E ao que se saiba a produtividade da natureza está intimamente ligada a uma espécie – a abelha melífera – responsável pela polinização das plantas, o que garante a produção de alimentos. Elas estão desaparecendo, morrendo, sendo envenenadas por agrotóxicos... Correm o risco de serem extintas, justo elas que antecederam o homem na face da Terra. A tecnologia poderá substituí-la? Para quem acha que já dá para produzir alimentos em laboratório a partir de uma célula, sim. Duvido que o sabor desse alimento artificial substitua a química natural de um bom produto natural.
Mel é um dos alimentos mais apreciado independente das tradições e hábitos culturais ou origem étnica dos cidadãos. Frutos, os mais variados - chegar, colher e saborear - só não são apreciados pelos que já estragaram o paladar com alimentos antinaturais. Legumes e verduras dão trabalho para preparar, mas vale a pena o ‘sacrifício’ pelos benefícios que produzem no organismo. Grãos, cereais, massas, carnes, peixes, bebidas, não são proibidos; o que vale é o bom senso em seu uso.
Muitos valores foram esquecidos pela  aculturação intensa dos povos que levou a adoção de novos hábitos; as conquistas da tecnologia, da ciência e do progresso caminharam na contramão do desejado.  Tentam revalidar costumes como o da dieta do Mediterrâneo onde as frutas, os legumes, peixes, grãos integrais e o azeite, procuram salvar o que parece ser o melhor em termos alimentares.  
O homem, e os animais domesticados por ele, demonstram um processo evolutivo nos hábitos alimentares e consequentemente, um processo degenerativo crescente culminando com doenças já chamadas de ‘hereditárias’ – naturalmente via mesa.
Nas grandes construções megalíticas mais antigas, os arqueólogos se surpreenderam por não encontrar indícios de objetos domésticos que demonstrassem o uso da ‘arte culinária’.  Certamente o hidromel e as frutas suculentas eram a base da alimentação. Sabe-se que havia vastas áreas florestais. Estudos páleo-dietéticos indicam que tipo de alimento era consumido no passado remoto. O desgaste dos dentes, por exemplo, é uma forma de identificar o tipo de dieta desses ancestrais. O ‘homo Erectus’ que ocupou boa parte da Ásia, Europa e parte da África tinha uma alimentação mais onívora que seus antecessores, incluindo frutas, brotos, folhas e raízes. Talvez já usasse leite, carnes, ovos, porém sua alimentação básica era vegetariana. Ele já começava a apresentar doenças com alterações ósseas características de hepervitaminose A. O seu sucessor – o Homem de Neardenthal já usava plantas medicinais. Foram detectados sinais de artrite reumatóide.
Um novo homem, a partir da Criação de um servo / trabalhador braçal e uma nova atividade, a agricultura e produção de cereais (trigo, lentilha, milho, arroz, feijão, etc.) com a fixação do homem ao solo, passa a registrar outros tipos de doenças e degeneração física. A civilização dos cereais tem seus dias de vida encurtados.
Não parou por aí. A produção em larga escala usando defensivos agrícolas, adubos, associada a toda uma gama de processos de industrialização, tem feito sua parte. Quanto mais longe do natural vive o homem, quanto mais consome carnes e produtos com conservantes, maior é o grau de degeneração física, pois comer errado contribui para romper as defesas naturais do organismo, a ponto de crianças já nascerem com tendências para esta ou aquela doença degenerativa. Os resultados, naturalmente estão a indicar que há algo de muito errado nos hábitos alimentares dos humanos.

Já foi comprovado cientificamente que uma dieta frugívora racêmica cura qualquer doença.  Toneladas de alimentos saudáveis são produzidas e descartadas diariamente. Abelhas estão morrendo. Correm o risco de desaparecer. E, com ela o homem. Não precisamos de uma terceira guerra mundial. A morte será pela boca, mesmo.