sábado, 23 de novembro de 2013

BRASIL PAÍS DE TODOS – UM PEDACINHO DO PARAÍSO (?) - E, OS CHEIROS E SABORES DO BRASIL.


Um pedacinho do paraíso é aqui, não fosse a leva de pessoas descontentes, à bordo, que, hipocritamente, insistem em escrever a  história conforme suas conveniências. Os historiadores do futuro vão ter trabalho para separar o que realmente aconteceu do que apenas não passou de encenação política. A primeira semana carcerária dos réus mensaleiros – políticos presos – foi surrealista. Teve até caravana de parlamentares à penitenciária da Papuda no DF, incluindo a figura do Sarney; só faltou o Lula...
Deixando de lado essas aberrações praticadas por sujeitos barbados que não passam de berrinches querendo se promover, o país oferece maravilhas paradisíacas, desde praias, florestas, planaltos ondulantes a perder de vista e mais cores e cheiros típicos. Estou escrevendo e o forte cheiro de pequi domina no ar.
Para quem não conhece, pequi é o cheiro de Goiás! Forte, quente, entre picante e adocicado... Muito apreciado na cozinha goiana onde entra como ingrediente de um prato – o pequi com arroz.  Pessoalmente acho o sabor forte devido à polpa ser oleaginosa. É preciso cuidado no uso da polpa amarela do fruto, pois o miolo contém espinhos; a polpa pode ser consumida cozida, ou seca e depois feita paçoca, ou ainda, assada na brasa; também é usada para sucos, licores e bebidas. Seu cheiro e sabor são peculiares.
Há duas espécies de Pequi ou pequizeiro: – a caryocar brasiliensi e a caryocar glabrum – a primeira domina em Goiás e Mato Grosso com árvores de até 6 m e farta produção de frutos; o segundo tipo é árvore de porte maior e ocorre  no Tocantins e oeste da Bahia.
Mas não é só de pequi que vive o cerrado. Listar todas as frutíferas da região é tarefa para especialistas. Para quem gosta de ler e conhecer coisas nossas há naturalmente livros com belas ilustrações e informações. Do livro ‘Andarilhos do Cerrado’ de A. S. Barbosa anotei algumas dessas espécies do Brasil Central. Os nomes de algumas árvores típicas da região, cujos frutos são uma delícia, certamente serão novidade para muitos. Veja quantos você conhece:
- Ananás; Araçás – do campo, rasteiras, felpudas; Ariticum e outras da família como biriba, pindaíba, graviola, pimenta de macaco; Acumã (polpa – castanha e palmito);
Baru (uma espécie de castanha); Buriti, babaçu; bacuri;
Cajuzinho; Cagaita; Cambucá; Camu-camu, Camapu, Coqueirinho; Cupuaçu (chocolate branco); Curriola; Fruta de tatu;
Gabiroba (de árvore e rasteira); Guariroba; Goiaba – branca, vermelha, amarela; Gravatá; Grumixama; Guapeva; Ingá-cipó (mais próximo à Amazônia); Indaiá, etc.
Jabuticabinha do campo, Jaracatiá; Jenipapo (fruto comestível usado para refrescos e bebidas – e a tinta preta é usada na pintura corporal pelos nativos); Jerivá; Joá comestível; Jurubeba; Lobeira;
Mama-cadela; Murici (semelhante à acerola); Mangaba; Mangustão; Maracujá do mato; Marolo; Maxixe; Melancia de raposa; Melão de São Caetano; Mirindiba;
Pessegueiro do cerrado; Perinha; Pindaíba; Pitanga: amarela, preta e rasteira; Pimentas (variedade); Tomates de capoeira; Uvaia.
Esta relação não esgota o assunto. Além das árvores frutíferas regionais, naturalmente há uma variedade de coqueiros e muitas outras espécies que foram introduzidas pelos povoadores.
Estudos realizados dão conta de que os nativos das regiões centrais da América migravam pelos campos instalando-se temporariamente nos habitats favoráveis onde a rica flora e fauna lhes oferecia caça, pesca e coleta de frutos sem ter que se preocupar em produzir.  Os andarilhos do cerrado do passado tiveram seu tempo. Mas o tempo segue seu curso.

Preservar e melhorar o que a mãe natureza nos oferece é um dever de todos. Ecologia também é cuidar das crianças, dos jovens, dos cidadãos em geral e, também dos reeducandos hoje encarcerados, sem fazer distinção político-partidária, respeitando o ser humano. Equivale, no caso, a corrigir um erro tão grave quanto foi a escravidão.  Aí, sim, será correta a frase: “Brasil, País de Todos”.