sábado, 9 de novembro de 2013

BRASIL MARAVILHA - O ARCO DA ALIANÇA FOI ESQUECIDO.

Na semana tivemos um típico dia de ‘inverno’ no cerrado, com garoa fina, neblina e aquele ar gelado típico paulistano. No fim da tarde o sol deu o ar de sua graça. Ele brilha para todos! Lindo! E mais lindo ficou o horizonte com um arco íris que perdurou por alguns minutos enquanto o rei Sol dava lugar à penumbra.
Arco íris, arco da aliança, arco da velha! Não importa. Conta o folclore que no fim do arco Iris há um pote de ouro. Certamente esse pote, se existia nas plagas do novo mundo, de há muito já foi esvaziado pelos gatunos que pululam em todos os setores públicos, principalmente. Haja ouro para satisfazer mensaleiros, propinas, verbas de todo tipo e para tudo o que os políticos inventarem.
Apesar de tudo não sou pessimista. Sou realista. Preocupo-me com notícias saídas de caldeirões que vem cozinhando em fogo lento. O arco da aliança que deveria unir as pessoas foi relegado ao esquecimento. É o caso do racismo que vem sendo agitado de há algum tempo em nosso país.
Racismo – No Brasil, de acordo com a Constituição, todos são iguais perante a lei com direitos e deveres iguais. De um tempo para cá esqueceram o ‘Black is beatiful’ e os bronzeadores de pele, e partiram para a divisão dos brasileiros de acordo com autodeclaração étnica. No último censo, como todo brasileiro, também eu tive que responder a pergunta sobre minha cor.  Na época não dei importância. Mas, agora, não nego que a luz amarela começou a piscar.
As cotas são o incentivo para essa onda de racismo. Soa estranho, pelo menos para mim, que as pessoas se sintam diferentes dos seus semelhantes pelo fato de terem origens étnicas diferentes. Se bem que já se sabe que todos têm um pé na África. E todos pertencem à espécie humana.
Estudei antropologia e li sobre as origens dos diferentes grupos étnicos espalhados pelos diferentes continentes. Creio que já falei sobre uma reportagem interessante feita por um antropólogo na selva africana junto a um grupo de nativos que viviam isolados. Parecia produto de um laboratório genético: havia brancos, altos, loiros de olhos azuis, negros de cabelo lanoso, morenos tipos indianos, amarelos de olhos amendoados e outros com todas as características de indígenas imberbes e cabelos lisos. A estatura deles também ia desde os pigmeus aos de mais de um metro e oitenta. 
No geral a humanidade está distribuída pelos diferentes continentes com concentração de brancos numas regiões, outras com predomínio de inúmeros grupos de negros; outros continentes concentram os povos amarelos, e na América uma variedade de povos - os indígenas.
No Brasil ocorreu a mestiçagem durante a colonização portuguesa, mais precisamente na casa grande onde o coronel é quem mandava, e  tudo era acomodado sob as vistas da Sinhá; foi, sem dúvida, o início de uma revolução social que começa a ganhar uma dimensão inesperada. Sociólogos têm apresentado suas opiniões sobre o elemento mestiço, que no Brasil já supera os 50% da população. Estaria esse quadro populacional sendo usado para fomentar movimentos com fins políticos separatistas. O mesmo em relação aos quilombolas e aos indígenas que pleiteiam demarcação de terras para viver como antigamente. A quem interessa fomentar o conflito racial?
Tufões, tempestades, tremores de terra, vulcões explodindo, avalanches levando tudo pela frente, incêndios, querelas entre os povos, disputas territoriais, econômicas, de idéias, uns querendo dominar os outros... Esse é o mundo que temos. E é nele que temos que aprender a conviver. Meu convívio com ‘gregos e troianos’ sempre foi pacífico. Palpites ocasionais escapam... Nada pessoal.

O ‘arco da aliança’ entre o céu e a terra – Deus e os homens – ainda não foi considerado com validade vencida. Que prevaleça o bom senso.