terça-feira, 30 de julho de 2013

A VISÃO DO MUNDO NO OLHAR CRITICO DE UM MOMENTO DE REFLEXÃO

Quem é quem neste mundo de contradições? Onde  o bem? Onde o mal? - Amar os inimigos... Não contrapor-se à violência? Como agir diante de tanta incoerência no comportamento das pessoas, especialmente as que se dizem representantes do povo?
O espírito que predominou durante o JMJ  oscilou entre: o louvor alegre e festivo, ao silencio reverencial; da palavra singela da paz, ao incentivo à mudança através do protesto e do jaleo com a participação dos jovens; da oração em todos os idiomas, ao simples gesto da benção papal; da Igreja aberta e ao ar livre para levar a mensagem de todos e para todos, ao mais recôndito do coração solitário em prece. O encontro, o ide e fazei vosso trabalho. Vencei o mundo. Mas o mundo está repleto de lobos. Como enfrentá-los.
No dizer de M. Gandhi, amar os inimigos é contrapor uma violência espiritual a uma violência material. Só pelo amor é que se pode realmente ajudar eficazmente a quem está em estado de ódio. É dele a frase: ‘Um único homem que tenha chegado à plenitude do amor, neutralizará o ódio de milhões’.
No dizer do papa deve-se ir ao encontro das pessoas como a mãe que acarinha – ela não o faz por correspondência. Ao ir ver pessoas é preciso saber conviver com elas sem medo, pois  o mal que elas podem nos fazer não nos fazem maus. E isso é muito importante, pois estaremos cultivando a paz a solidariedade, que supera todas as diferenças.  A luz sempre será mais forte que as trevas. O confronto e a insatisfação produzidas por falsos valores materiais tem causado conflitos, atos de violência  e uma verdadeira escravização do jovens e alienação dos detentores dos valores e do conhecimento.
O conceito de pobreza, numa política de paz e da solidariedade está muito distante das ideologias que só tem olhos para o mundo só das ilusões materiais descartáveis promotoras de conflitos ideológicos. Corresponde à participação de todos no uso dos bens necessários a uma vida digna, descente onde ninguém seja excluído. No passado, não muito distante, não havia essa insatisfação mercadológica que a chamada civilização do descartável criou. Vivia-se sem medo, com as portas e as janelas abertas para o mundo. Os tempos mudaram. Mudaram os comportamentos. Mudaram os hábitos. Criaram-se falsos deuses do culto à personalidade e aos valores do ‘quero mais’,  não importa a que preço.

Por uma semana a palavra de Deus esteve na ordem do dia na voz dos cristãos e das pessoas de fé. Que os corações não esmoreçam no longo caminhar que há que percorrer... Um grande e importante passo foi dado.