domingo, 14 de abril de 2013

A LITERATURA NA FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE – O FUTURO DE NOSSOS JOVENS


A boa leitura é o alimento do espírito. O futuro de uma pessoa tem relação direta com as influencias que recebe durante sua formação tanto em família, no convívio social, como durante sua vida escolar.
Os tempos mudam. E como mudam! Os reflexos são sentidos e refletidos na literatura e no comportamento social das pessoas que direta ou indiretamente são afetadas. Ela é o retrato de uma época, reflete o pensamento dos diferentes autores e exerce influencias positivas ou negativas conforme os temas sejam abordados e apresentados.
Sabe-se que crianças e adolescentes têm fases de crescimento psicológico que devem ser respeitadas para se obter um resultado positivo na formação de seu caráter. Nossa sociedade ocidental de orientação democrática e de tradição cristã tem como base um vasto acervo literário aonde vinham prevalecendo os valores éticos, morais de caráter universal. Eram eles que pautavam os ensinamentos nos bancos escolares em nosso país.
Toda sociedade é dinâmica. E essa dinâmica tem-se refletido na literatura que passou a dominar através de autores com influencias de outras correntes filosóficas, ideológicas, políticas e comportamentais dentro da sociedade.
Os autores têm o direito de se expressar livremente na criação de suas obras. Desde simplesmente narrar fatos até o de descarregar sua libido, suas fantasias e recalques emocionais ao compor uma obra literária. Porém, quando se trata de leituras destinadas ao público em idade escolar, há o dever ético e moral de respeitar os valores e princípios de caráter universal.
Um texto para crianças e adolescentes deve formar, informar e recrear. Nas Antologias da Língua Portuguesa utilizadas nos colégios constavam variados textos de obras de autores clássicos, crônicas, poemas, contos, folclore, biografias, lendas e mitos, além de fábulas instrutivas e educativas. Atualmente notamos que esse tipo de leitura tem sido relegado ao esquecimento. A nova orientação pedagógica substituiu a leitura que visava educar e formar, respeitando a sensibilidade do educando, como coisa ultrapassada, e a substituiu por temas considerados politicamente corretos, que falem da realidade e do contexto social do educando.
No blog anterior a este, falamos da Maioridade Penal para menores infratores. Lembrei das palavras do professor substituto de Francês quando eu era estudante no ginásio; ele também era professor de psicologia e se preocupava com a formação dos jovens. Um dia ao perceber certa animosidade entre alunos na sala de aula, calmamente ele disse: - “cuidado com os pensamentos de malquerença, de ódio, de discórdia; não se deve transformar esses pensamentos em palavras, pois as palavras, mais dia, menos dia se traduzem em atos. E aquilo que vocês jamais fariam se tivessem disciplina nos pensamentos, acabam por fazer.”
Vale como reflexão para nossos educadores, orientadores educacionais, pedagogos encarregados dos currículos escolares e da escolha de autores com leituras adequadas para crianças e adolescentes de nossas escolas. O tal ‘progressismo’ de um estado laico não se pode sobrepor ao interesse da coletividade. Toda informação deve ser ministrada de forma natural, respeitosa de acordo com a maturidade de cada um. E a família deve ter o direito de opinar quando o assunto afetar a sensibilidade de crianças e adolescentes. Tudo tem seu tempo certo. Cuidado com o alimento oferecido aos educandos...