segunda-feira, 18 de março de 2013

INFORMAÇÃO AOS QUE COBRAM QUE A ESCOLA ENSINE CULTURA AFRICANA: - ÁFRICA NÃO É UM PAÍS. ÁFRICA É UM CONTINENTE!


A todo o momento alguns desavisados entendem que podem interferir na condução de currículos escolares sem terem uma base para falar no assunto. É natural que no Brasil o assunto cultura africana tenha relevância. Porém é preciso lembrar que estamos no Brasil, país multicultural onde convivem povos das mais variadas origens: brancos, negros, amarelos, indígenas. No currículo escolar, no item formação da população brasileira, sempre constou o estudo geral das características básicas de cada povo, suas origens, traços étnicos, sincretismos e demais influencias sejam religiosas (umbanda, quimbanda, candomblé, crendices, magias, e superstições) ou de expressão cultural – linguística, artes, musica, religião, culinária, etc.

África não é um país. África é um continente com 30 milhões de km2 e uma população de mais de um bilhão de pessoas (estimativa de 2005) distribuída por 54 países independentes e outros. Falam-se inúmeras línguas africanas, além do árabe, inglês, francês, português, castelhano.
A extensão territorial do continente africano, as condições físicas e de distribuição populacional abrange duas grandes unidades: a África a branca ao norte - formada por árabes, berberes, tuaregues, judeus e descendentes de europeus, e a África negra ou subsaariana onde vivem uma imensa variedade de grupos étnicos, cada um com seus usos e costumes, sua língua e cultura.

Vivendo e aprendendo: - Todo cidadão independente de sua origem étnica cultural, afro descendente ou não, tem o direito de conhecer a história do povo de sua origem. A busca dessa identidade é possível e depende do interesse de cada um em particular. Querer impor isso à escola é abusar do direito de ser impertinente ou praticar política demagógica.
Para o Brasil vieram povos de várias regiões africanas. Destaque para: 1- cultura Sudanesa - ioruba ou nagô – da Nigéria; os gegês ou daomeianos – do Daomé; os mina ou fantiachantis da Costa do Ouro / Gana, além de outros da Costa do Marfim, Libéria, Serra Leoa, etc.; 2-  cultura Guiné – sudanesa (islã) como os fulas, mandingas, haussás, tapas, etc. 3- cultura Bantos que incluem os angola, congoleses além de outros da região de Moçambique. Uns eram mais adiantados culturalmente; outros de índole mais arredia;  os traços físicos é que tem permitido estabelecer suas origens devido à forte mistura ocorrida durante a sua introdução no país através do tráfico.
Pode-se perceber a dificuldade para fazer um estudo de todos os povos em questão. Querer impor o ensino da cultura africana nas escolas nesse contexto é inviável, principalmente por ser um estudo para cursos especializados. Os traços gerais já constam dos currículos.

Sugestão: - que cada interessado aprofunde informações sobre grupos de seu interesse, de forma individual ou em grupos de estudo. Pesquise e divulgue essas informações contribuindo para o enriquecimento do acervo cultural da Nação brasileira. Basta consultar a informação de qualidade existente na internet, em documentários de TV, livros e revistas e em bibliotecas. Não há porque cobrar que a escola sirva o prato pronto ao aluno. 
Há também a possibilidade de intercambio cultural com os diferentes países africanos – tanto ao vivo e a cores em viagens como através dos consulados. Uma busca na internet pode abrir ‘n’ opções para quem realmente quer melhorar e ampliar seus conhecimentos!  

Concluindo: -A escola tem por obrigação o ensino sistematizado de conteúdos básicos. A universidade mostra caminhos. Cabe ao aluno segui-los ou não. A família tem um papel muito importante na formação e informação das novas gerações sobre suas origens e diferentes temas culturais. Falta desse vínculo afetivo tradicional familiar. Aprendi muito ouvindo conversas em casa.
Sair da casca e abrir-se para o conhecimento, caminhar com os próprios pés faz parte do aprendizado!