sábado, 2 de fevereiro de 2013

Quanto LIXO! – REORGANIZAR A VIDA, O MUNDO E O PLANETA É PRECISO.


Talvez seja por ingenuidade ou por comodismo, mas o povo acata o que lhe apresentam tipo ‘prato pronto’. Não haverá planeta para tanto lixo, afirmam categoricamente os ambientalistas. Temos que concordar com eles, pois não estamos vendo nenhum movimento que realmente mude a direção para a qual começamos a caminhar há meio século.
Lixo às toneladas é produzido diariamente no mundo inteiro e até no céu também. Lixo, poluição ambiental, degradação do meio ambiente, até criancinha da escola já sabe o discurso. Mas, o que fazer com tanto lixo? Quais as causas de haver tanto lixo? Como começou a produção em série e no atacado de tanto lixo? Hoje falarei só do lixo das embalagens plásticas para produtos de rápido consumo.
Quando vemos embalagens descartáveis se acumulando, não só nas periferias das cidades, mas ao redor de casas humildes em comunidades (indígenas e quilombolas) que dizem querer preservarem os costumes, começamos a perceber a que ponto de desorganização chegou o mundo dito ‘civilizado’.
Sem saudosismos, porém com o objetivo de informar às novas gerações que o estilo de vida de meio século atrás era ecologicamente correto, e que se viva bem, me proponho falar do assunto e dar ‘um puxão de orelhas’ nos ouvidos moucos dos ambientalistas em geral e nas autoridades em particular.
Não basta procurar os culpados na ponta final da cadeia produção – consumo – descarte.  É preciso ir à origem – sua produção!
Dizem que uma das causas é o crescimento urbano. A grande concentração de pessoas em cidades que cresceram desordenadamente por falta de um planejamento  e do senso de responsabilidade das autoridades não são os principais culpados. No caso, faltou também a educação das pessoas que saíram de uma estrutura rural ou semi-urbana e foram para um ambiente totalmente diverso, longe de quintais, hortas, pomares, agricultura doméstica, etc., tornando-se dependentes de outro esquema de vida. Passaram a viver ‘como Deus manda’... Naturalmente elas vão consumir produtos adquiridos  em feiras, supermercados, e descartar no lixo tudo o que não lhes serve mais, a começar pelas embalagens plásticas.
O Brasil produz 5,5% do lixo mundial e só recicla 13%; a grande maioria das pessoas não sabe o que é coleta seletiva; os governos têm-se limitado a coletar e amontoar em algum lugar tudo o que é descartado – os lixões. São constatações óbvias de pessoas que já nasceram consumindo produtos embalados em plásticos descartáveis – inclusive as fraldas que, se eles não usaram, seus filhos usam – entendem que as soluções para tanto lixo é: reciclar, reutilizar, reduzir e repensar.
Prefiro ficar com o repensar. Sessenta anos atrás as compras vinham embaladas em: sacos de tecido, cestos de palha e fibras naturais, papel, garrafas e litros de vidro retornáveis, lata, madeira, etc., tudo reciclável, reaproveitável, ou descartável sem contaminar o meio ambiente. O mais racional é repensar sua produção eliminando o plástico da cadeia produtiva de lixo; um bom começo é só parar com a fabricação de embalagens para os produtos de curta validade como as bebidas e os alimentos industrializados. Sabemos que isso contraria interesses econômicos. Mas até eles acabarão engolidos pelo lixo se não houver uma rápida mudança de rumos.
A matéria prima utilizada no fabrico de plástico tem outras utilidades industriais e as indústrias podem se adequar. Já se sabe que incinerar não é solução. Reciclar, só vai mudar de lugar e de utilidade por algum tempo esse lixo. Mais dia menos dias será descartado novamente. Aí, as previsões de que o planeta não vai comportar tanto lixo, será realidade. Restará um planeta com montanhas de restos de tudo!
Mudar de rumo é preciso. Basta dar um primeiro passo. Todos sairão ganhando.