domingo, 17 de fevereiro de 2013

ACIDENTES DE PERCURSO – HÁ METEORITOS NO ESPAÇO. A passagem de meteoritos pela atmosfera terrestre é comum e freqüente. Acostumamos a observar o céu nas límpidas noites interioranas longe das luzes da cidade e assistimos à passagem diária de muitos deles. Havia a crença de se fazer um pedido e, às vezes, havia disputa para ver quem via primeiro um meteoro deixando seu rastro luminoso no céu. Esta é a primeira vez que foi registrada a explosão e os efeitos imediatos de um acidente de percurso com um meteorito de tamanho razoável. Os museus do mundo, inclusive no Brasil há pedras vindas do céu, como o Bedengó que caiu em Minas Gerais e está na entrada do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Sabe-se que caem anualmente 15 mil toneladas de detritos vindos do espaço, e a maioria cai nos oceanos. Muitos são minúsculos, simples poeiras, outros como o que atingiu a cidade russa –Tcheliabinsk – nos Urais causam estragos como todos pudemos ver, pois são grandes os suficiente para provocar grandes deslocamentos de massas de ar ao explodirem. A chance de ser atingido por um bólido desses é a mesma de alguém ganhar na loteria sozinho. O evento inesperado da explosão do meteorito a grande altitude (entre 30 e 50 km)ocorrido em 14-02-2013, nos Urais, fez lembrar a explosão ocorria em Tunguska – Sibéria em junho de 1908. As marcas ainda estão lá. Um pântano, a taiga destruída com árvores tombadas em forma de leque a partir de um centro onde permanecem árvores queimadas, em pé e uma pergunta a espera de resposta convincente. O impacto foi tão grande que produziu ondas de pressão de ar através da Ásia e da Europa registradas até em Londres. Foi observado um estranho brilho no ar sobre a Inglaterra, à meia noite logo após a explosão na Sibéria. Durante quase três noites não houve escuridão na Europa, África do Norte, Ásia Central e Sibéria Ocidental devido à presença de grandes nuvens luminosas; as camadas superiores da atmosfera ficaram turvadas; foram registrados abalos sísmicos provenientes da Sibéria Central. Descrições de testemunhas oculares falando na formação de um cogumelo escuro na alta atmosfera levaram um pesquisador a concluir que teria sido a explosão nuclear – energia de uma ‘nave’ extraterrestre, o que a ciência oficial rejeitou. Especulou-se também que poderia ter sido um cometa, daí a forte luminosidade que persistiu na região deixada pela cauda. Outra fala de que teria sido um meteorito composto de antimatéria o que explicaria a alta concentração de Carbono 14 encontrado nos anéis das árvores em muitas partes do mundo correspondendo à época da explosão ocorrida em Tunguska em 1908. Brincadeiras à parte, o tal fim do mundo tão anunciado para 2012, e que mais uma vez foi adiado, deu uma pequena demonstração do que pode ser um acidente de percurso em nossa viagem pelo Universo. “O Universo não é hostil, nem é também amigável. Ele é indiferente”. (John Haynes Holmes)