quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

EDUCAÇÃO - É PRECISO FAZER A DIFERENÇA


Fim de ano se aproxima e os resultados na educação mais uma vez decepcionam.
Tudo começa e passa pela educação. Saber não ocupa lugar... O problema está em que as pessoas nem sempre estão com vontade de aprender. São comodistas por natureza. Índices atuais indicam que mais da metade da população acima dos 25 anos não tem ensino fundamental. Comentários confirmam que os  cursos universitários estão em nível de colegial – segundo grau, pois os alunos não tem base para acompanhar temas de maior profundidade. Isso é evidente há tempos. Esta situação é o reflexo de uma política educacional errada. Não basta obrigar todas as crianças e os jovens irem para a escola. O resultado se traduz numa mediocridade generalizada especialmente no ensino público que já começa a contaminar o privado.
A mediocridade do ensino vigente da atualidade pode e deve ser superada por cada um individualmente. Os modernos meios de comunicação já atingem um grande contingente de pessoas a grandes distancias. Se os governos se mostram incompetentes para oferecer algo de qualidade, a sociedade pode e deve ‘fazer a diferença’ adotando novos modelos de ensino. Já há o ensino à distância.
Quero lembrar aqui que se uma sala de aula com professor é de suma importância no processo básico educativo, este mesmo professor hoje pode ter uma sala de aula virtual e atender muito mais que 40 ou 60 alunos por classe como é no modelo tradicional.
A família faz a diferença. Ela tem que sair do comodismo e voltar a ser a base da educação como forma de conduta exemplar aos seus filhos. Não se pode relegar ao professor prerrogativas da família, da igreja, da sociedade.
Educação e instrução têm sido confundidas e tratadas como uma mesma coisa. A instrução consiste na transmissão de conhecimentos específicos sistematizados que podem ser ensinados tanto na escola como em casa. O professor pode e deve reafirmar valores trazidos do ‘berço’ seja ele dourado ou de palha. Mas sua função básica é a de transmitir conteúdos curriculares. Essa quebra de hierarquia educativa tem resultado em atritos e conflitos entre alunos, professores e a comunidade.
Estudar faz parte da vida; aprender não é só na escola.  Os jovens de hoje, a família e a sociedade podem e devem tomar as rédeas da Educação, aquela que faz a diferença e que leva ao real conhecimento, somando ao que a escola oferece.
Novos tempos. Novas tecnologias, novas opções de crescimento com qualidade. No passado, cada jovem recebia dois tipos de profissão. Uma delas era uma espécie de ‘kit de sobrevivência’, ou seja, algo semelhante ao que uma criança nativa recebia dos mais velhos na sua aldeia, onde cada um deve ser auto-suficiente.
A neurose criada pelo sistema educativo atual está agindo de forma contraproducente. É preciso mudar... Mudar!
Como o Estado tem-se mostrado incompetente, cabe aos principais interessados criar um modelo de estudo aprendizado diferente do modelo atual. Tudo muito claro – ‘claro como água limpa’ – como diria a Emília de Monteiro Lobato.