quarta-feira, 31 de outubro de 2012

PÉ DE VENTO, VENTANIA, TORNADOS, FURACÕES...


O furacão que abalou boa parte da costa leste dos EEUU despertou indagações de como pode se formar uma tempestade tão violenta como essa e outras que ocorrem todos os anos em determinadas regiões do planeta.
Os antigos atribuíam aos deuses a ação tempestiva dos ventos, sendo que para os gregos, segundo sua mitologia, o deus Éolo é que comandava  a ação dos deuses menores responsáveis por toda movimentação do ar - desde as brisas às fortes tempestades. Eram eles: Bóreas – vento do Norte – frio e violento; Zéfiro – vento do oeste – suave e agradável; Eurus – vento do leste – criador de tempestades; e o Notus – vento do Sul – quente e formador de nuvens. Do equilíbrio entre eles resultavam anos de fartura ou de catástrofes. O homem vivia muito ligado aos fenômenos da natureza, fosse em terra firme, ou no mar.
Atualmente há como prever os fenômenos meteorológicos e estabelecer um programa de defesa civil para atender as populações em caso de grandes catástrofes. No Brasil ainda há muito  por fazer nesse sentido. Tanto em prevenção como em atendimento às vitimas, mesmo sabendo com antecedência que anualmente chove com intensidade em algumas regiões – somos um país tropical - enquanto em outras – nordeste – a seca é que castiga os moradores por anos seguidos. Cabe às autoridades arregaçar as mangas e adotar medidas concretas que minimizem os efeitos catastróficos decorrentes de tempestades ou secas.
Vento é ar em movimento. A diferença da pressão atmosférica é que determina essa movimentação das massas de ar das altas para as de baixa pressão atmosférica e vice versa. A força desses deslocamentos de ar – os ventos – pode ir de simples brisas aos bruscos pés de vento, muitas vezes formando redemoinhos levantando poeiras e carregando folhas secas. Quando se estabelece uma forte massa de ar quente em um lugar da superfície da Terra ele faz com que o ar se torne mais leve e suba indo para as áreas ocupadas por massas de ar frio – mais pesadas, que descem para as áreas antes ocupadas pelo ar quente que se deslocou. Esses movimentos podem ocorrer na horizontal ou na vertical. Quando a massa de ar quente está sobre o oceano capta grande volume de umidade que é levada para o alto indo formar as grandes tempestades como o furacão Sandy. O poder de uma dessas massas de ar super úmido pode ser sentido em vastas áreas; eles são típicos das regiões intertropicais, com maior intensidade no hemisfério norte. 
No Brasil ocorrem tempestades menores. Os pés de vento e redemoinhos tão comuns no interior do país tem sido popularmente associados à presença de entidades folclóricas como o saci Pererê... O imaginário popular é muito rico e tem lá sua razão de ser. Todo mito tem um fundo de realidade. Ainda temos muito a aprender sobre nosso planeta!