domingo, 1 de julho de 2012

A CRISE CHEGOU AO BRASIL?

A história das realizações dos povos corresponde à verdadeira história, pois ela reflete um conjunto de ações econômicas, sociais e culturais que marcam e caracteriza uma época, um povo, uma Nação, num contexto geográfico, tudo influenciado por fatos momentâneos que envolvem pessoas e ideologias que passam, enquanto que as conquistas permanecem.

Comparado com outros países, os 500 anos de história da formação econômica brasileira é um período curto, porém significativo.

As macro-regiões geográficas naturais tiveram suas atividades econômicas associadas às diferentes condições econômicas mundiais, tudo sob a influência direta de povos que, embora falem a mesma língua, o que é um fator de aproximação, provém de grupos étnico-raciais com culturas e tradições muito diferentes.

Isso se reflete no conjunto. Assim, o povoamento feito no Sul e no Sudeste brasileiro, com predominância do imigrante europeu e asiático, introduziu na região não só usos e costumes diferentes, mas também uma mentalidade diferenciada em relação ao sistema de produção, exploração dos recursos naturais, indústria e comercialização.

Já, o Nordeste brasileiro com um meio geográfico diversificado, com regiões expostas ao clima semi-árido no interior e com um litoral de terras propícias para a cultura da cana-de-açúcar, ficou mais exposto às invasões estrangeiras na faixa litorânea; a presença do indígena e do escravo negro em maior proporção no período colonial permitiu uma forte miscigenação. Essa mistura maior dos diferentes  grupos étnicos determinou o quadro atual. Usos e costumes, associados às condições naturais geraram um povoamento com atividades econômicas de características próprias regionais.

Por sua vez, a Amazônia, vasta região natural de florestas cortadas por rios, só poderia iniciar sua economia baseada nos recursos naturais. O nativo foi o elemento importante para o branco ali se instalar, pois ele conhecia os meandros da natureza e suas riquezas.

A região Centro Oeste correspondeu ao "sertão"; atualmente já recebeu a influência das demais regiões e caminha num alto ritmo de crescimento com destaque nacional.

Uma crise pode afetar o país como um todo. Porém, cumpre lembrar que todas as unidades da Federação, ou seja, cada Estado possui recursos naturais e humanos suficientes para transformar suas economias em uma potência regional.

- Por que isso ainda não ocorreu? – Falta planejamento! Metas claras. Vontade política. E, mão de obra qualificada.

As bases da formação econômica do Brasil construídas nestes 500 anos  tem garantido um crescimento em ondas e saltos; certamente a solidez desejada será concretizada se houver principalmente vontade política.

Cabe às novas gerações através de uma Educação de qualidade conhecer o passado para entender o presente e projetar um futuro sólido. Recursos o Brasil tem de sobra em sua imensa extensão territorial. Falta investir no seu potencial humano com uma educação mais prática e menos ideológica.

Em síntese:  O Brasil sofre de falta de planejamento econômico e social. As metas não são claras. Ainda se vive ao sabor dos acontecimentos sejam de ordem natural – clima com reflexos no fornecimento de energia e na produção agro-industrial, o que limita os investimentos – seja de ordem política administrativa interna, ou dos acontecimentos internacionais – bolsas em queda, economias prontas para explodir, desvalorização do dólar, falta e/ou desperdício de gêneros alimentícios, subsídios agrícolas, barreiras alfandegárias, etc.

CRISE = oportunidade. A crise está a bater na porta, não é de hoje. Criar oportunidades é necessário e urgente. Medidas paliativas como vem sendo feitas só adiam o problema. O Brasil precisa de Soluções duradouras.