"Temos que ser mais realistas que o Rei, tão otimistas quanto o Papa e Alegres e sorridentes como o Buda".
A vida nos ensina todos os dias uma lição nova. Na verdade não são novas. Os ensinamentos estão gravados no tempo. Basta consultá-los. Costumávamos dizer que quando se quer saber alguma coisa, basta consultar a "Central Cósmica".
O incrível é que não damos a devida atenção às informações não convencionais que nos chegam e deixamos assim que fatos que poderiam ter sido evitados venham a perturbar nosso dia a dia.
A sabedoria dos mais velhos costuma ecoar seus avisos com frases curtas e simples – à moda das mensagens do Twitter.
Essas 'frases' são pertinentes e muitas delas se aplicam ao pé da letra.
Meu avô era especialista. Entre muitos ditos ele costumava repetir: - "Hay que ser más realista que El Rei!" – ou seja, ficar com os pés no chão, ouvidos atentos e agir com discrição.
Nossa cultura Ocidental está impregnada de costumes repressivos de alta agressividade. Em muitos casos nem palavras de sabedoria, nem leis, nem atos punitivo-restritivos são suficientes para corrigir distorções de conduta. A bandidagem tomou conta de muitos setores da República. Querem porque querem impor suas convicções à revelia, numa visão míope do que seja uma Democracia. É lamentável o desperdício de tempo e de recursos para consertar os estragos produzidos por todas as formas de violência seja física, seja psicológica.
Quando a caça às bruxas é desencadeada, seja lá o motivo que for, todos são suspeitos até prova em contrário. O caso da "Comissão da Verdade" é um exemplo gritante da falta de respeito pela ordem constituída. Só de ver a expressão dos ex-militantes do passado dá para perceber que foi necessária a ação desencadeada para conter sua ação nefasta na época. O tema racismo é outro assunto que motiva atos de repressão por parte dos que se julgam ofendidos. O grau de violência observado no comportamento de grupos em situações as mais diversas, demonstra que o comportamento agressivo e intimidador ganharam uma dimensão intolerável para a vida e para a sociedade. Já voltaram a sanha até para os verbetes de Dicionários! Exemplos e mais exemplos poderiam ser citados.
Ontem, vendo uma reportagem sobre Brasileiros no Mundo em que focalizaram o povo chinês, notamos o contraste gritante em relação á nossa cultura. Lá a expressão do cidadão comum é a do Buda sorridente. Nem a extrema pobreza de alguns lhes sobrecarrega o semblante. Muito diferente de muitos mal humorados e insatisfeitos ocidentais que parece que tem raiva da própria sombra. Uma questão cultural? – Pode ser. Certamente todos também têm seus problemas, dificuldades e anseios, porém sabem enfrentar tudo com outro enfoque mais filosófico e humano.
Sou otimista. Sonho com um mundo bom, bonito, fraterno, onde cada pessoa possa fazer de sua vida um ato de renovação e vivenciar a alegria de um horizonte sempre luminoso. Cada dia tem seu trabalho e seu ensinamento. Mesmo que ele tenha sabor amargo, sempre é tempo de aprender com os erros. Persistir nos erros, fazer a mesma coisa sempre da mesma forma nunca vai trazer resultados diferentes. Se quisermos bons resultados, temos que atender ao que diz o bom senso:
-"Não faças aos outros o que não queres para ti".
Siga sua intuição. Ela é uma boa conselheira.
Desejamos a todos que, apesar das nuvens cinzentas do entardecer tempestuoso, seu Sol brilhe sempre no horizonte de cada nova manhã orvalhada de esperanças.
