terça-feira, 22 de novembro de 2011

"QUEIMAR A LINGUA" - (DITO POPULAR) - A MENTIRA EM ALTA

“Queimar a língua” é um dito popular para indicar que alguém falou uma mentira.
Este dito popular se baseia no velho costume entre beduínos em que ao contarem suas histórias como testemunhas de um fato, eram convidados a lamber um ferro quente. O mentiroso era apanhado assim, pois com a ansiedade e nervosismo a língua ficava seca e ele se queimava.
Quantos dos que hoje defendem a ‘comissão da verdade’ aceitariam se submeter a esse teste? – Não precisa responder.
Menos drástico é o “Detector de Mentiras” – tecnologia que não prosperou. Aliás, a lei diz que ninguém é obrigado a produzir provas contra si! Assim, a nova tecnologia menos drástica que o ferro quente, transformou-se numa peça de diversão em programas de TV Em entrevistas com artistas respondendo perguntas capciosas e caindo na armadilha.
Como nem uma nem outra técnica será utilizada para esmiuçar as verdades do passado da política brasileira, por exemplo, – lá desde a ditadura do Getúlio, um dos melhores governos que o Brasil já teve se comparado com outros recentes – certamente assistiremos a um filme narrado por pessoas que não viveram a época e interpretado fora do tempo histórico que envolveu não só o contexto nacional, mas também o internacional. Quanto aos fatos do regime militar esperamos que os protagonistas ainda vivos não se furtem a dizer a verdade se solicitados, sem esquecer as motivações que os levaram aos atos praticados. Toda ‘revolução’, ‘guerrilha’, ‘contestação político ideológica’, etc. desse período tiveram motivações que contrariavam o Estado Democrático Nacional. A documentação dos antecedentes não deve ser ignorada sob pena de parcialidade e de burlar a Verdade. Tudo isso será para o próximo ano. Aguardemos. Ninguém corre o risco de queimar a lingua.
Enquanto isso a nau sem rumo do governo atual navega em um mar de lama de corrupção, e o mar (Oceano Atlântico), literalmente é um ‘mar de lama’ (óleo) produto do vazamento de poços petrolíferos da bacia de Campos (RJ).
A Chevron mentiu? – Nenhuma novidade neste país onde a mentira fala mais alto em todos os setores do governo de há tempos. Cabe aos Verdes e aos ambientalistas defensores do meio ambiente, que até ontem brigavam por quatro palmos de terras às margens dos rios, ficarem mais atentos ao que se passa neste país e que realmente é uma ameaça não só ao meio ambiente, como ao ser humano e à soberania nacional.
Agora sim é que é hora de chorar pelo petróleo derramado senhores políticos, e não pelos royalties futuros do pré-sal. Esperamos que os prejuízos atuais não vão parar na conta dos Estados não produtores.