quarta-feira, 27 de julho de 2011

QUAL É O CASTIGO DA VEZ?

Vivemos sob constante ameaça de que o pior pode acontecer. A exemplo do que ocorria no passado, em que os profetas do bem logo eram desacreditados como “falsos profetas”, atualmente a ironia dominante recai sobre os otimistas incorrigíveis, e o “não perdes por esperar” soa como uma ameaça. Procuram cultuar uma espécie de necessidade de castigo e punição do ser humano condenado a um sofrimento infinito – pelo menos nesta vida...
O mundo visto através do noticiário é um mundo fragmentado onde os acontecimentos separados e tenebrosos são o destaque diário. Formam uma espécie de “galeria bombástica” que ao sopro de novos ventos (tenebrosos), “desaparecem” como que por encanto. Alguns exemplos recentes:
- Os conflitos no norte da África – Tunísia, Egito, Líbia... – até parece que já se resolveram num passe de mágica.
- Fukushima – e o desastre nas usinas nucleares do Japão.
- O vulcão no Chile – continua a provocar desolação, mas o assunto já se tornou obsoleto para a mídia.
- Onda de frio polar no Sul e Sudeste... Uma festa para uns. Preocupação para outros a nível local. Até nova onda voltar.
- Assange, Dominique Strauss Khan, Chávez..
- Escândalos, corrupção, mais um para substituir o anterior até que a rotina faça esquecer o primeiro - quando foi mesmo?
- Futebol: Copa América, brasileirão, Copa do Mundo! Os estádios!...
- Trem-bala. Ferrovia Norte-sul. Estradas federais. Aeroportos. Um novo Ministério? Corrupção a perder de vista...
Muita coisa pode ser relacionada do que foi o auge do noticiário por umas semanas e que depois foi para a gaveta do esquecimento. Um retalho de notícias aqui, um retalho ali e a política da desinformação vai sendo usada de forma orquestrada para manter a grande massa ocupada em se proteger de um inimigo que pode saltar das sombras a qualquer momento. E ele sempre salta. Agora foi a vez da tragédia na Noruega.
Qual será o “castigo” da vez?